O earcuff é um brincos de ouro único, fora dos padrões tradicionais, transgressor. Tem caimento anatômico e design moderno e elegante, sendo assim uma oportunidade de inovação para os estilistas contemporâneos.
Com shape futurista, a imagem do earcuff pode até trazer à lembrança algo como a franquia Star Trek – ou Jornada nas Estrelas, como se popularizou no Brasil – devido a criatividade e inventividade na sua criação.
São várias joias em uma só, já que ocupa boa parte do lóbulo da orelha, com modelos que acompanham a cartilagem. Uma ótima opção para quem tem apenas um furo, mas quer enfeitar toda a região, despojadamente, aparentando ter mais acessórios.
Queridinho das celebridades e tendência da moda nos últimos 10 anos, o earcuff, como muitos acessórios, é herança da antiguidade. Mesmo que sua origem não seja muito bem definida, sabe-se que ele está associado às culturas indianas e egípcias.
Nos afrescos egípcios da era de Cleópatra, por exemplo, encontra-se figuras usando adornos que se assemelham aos earcuff que conhecemos hoje.
Com o passar dos tempos, caiu no gosto da aristocracia europeia, em versões rebuscadas. Vale destacar que o joalheiro francês Marcel Boucher foi um dos responsáveis pelo encantamento da elite com seus earcuff tridimensionais e desenhos naturalistas.
Para exemplificar, uma de suas peças famosas, o Earrite Ear Sling, criado na década de 1920, com pedras brilhantes graciosamente colocadas ao redor da orelha, de maneira confortável, se tornou tão popular que Boucher o patenteou na década de 1950.
Suas joias eram elegantes, combinavam com a feminilidade elevada do visual da grife Dior, por exemplo. Seus designs foram amplamente copiados e cobiçados na época, se tornado acessórios impressionantes da história da moda.
Outro momento da história que podemos destacar são os anos 1970 e 1980, quando o ear cuff ganhou as ruas na cena underground e punk.
Os modelos, mais desconstruídos, muitas vezes realçavam o metal, com uma estética mais pontiaguda. Eram misturados a piercings, calças rasgadas e tênis All Star.
Agora, nos anos 2000, este tipo de acessório voltou aos trends topics – e não saiu mais. O feito é atribuído a Chanel, que em seu desfile de 2012 apresentou as modelos na passarela vestindo a peça. A partir daí, grifes como Roberto Cavalli e Rodarte também adotaram a moda.
O earcuff esteve presente, ainda, em 2019 na linha de joias da Fenty, marca lançada pela cantora Rihanna junto à LVMH.
Como usar este brinco?
Hoje em dia, podemos dizer que o ear cuff é um acessório democrático, com diversos modelos, usado por todos os tipos de pessoas, independente do estilo.
Há tipos curtos e longos, com pedras preciosas uniformes, de tamanhos diferentes, coloridas ou não. Outros são apenas em ouro liso, delicados ou mais robustos, retos, arqueados, com correntes.
Os modelos mais compridos ornamentam a parte superior da orelha, ao contrário de brincos grandes tradicionais, que ficam pendurados na direção dos ombros.
Você pode usar o earcuff de algumas maneiras: nas duas orelhas, em uma só – construindo um visual assimétrico – e até mesmo colocar um par na mesma orelha, dependendo do modelo.
Ele fica ótimo também se combinado a um piercing de encaixe ou uma choker, se a intenção for trazer um pouco mais de modernidade à composição.
O que precisamos ter em mente ao escolher este brinco é que ele destaca o rosto, por isso vale a pena deixar o cabelo para trás ou prendê-lo, deixando a orelha à mostra. Afinal, é um brinco que precisa ser visto!
Ele tira o look do básico, mesmo que a roupa seja um jeans casual.
Além de o aspecto ficar interessante, no furo que ficou livre dá para incluir um brinco tipo stud – aquele colado ao lóbulo – como um ponto de luz, para fazer parte da composição.
Outra possibilidade é apostar no ear cuff como brinco de segundo furo. Ele continua sendo o protagonista da composição, sendo posicionado mais acima, parecendo estar subindo a cartilagem.
Há ocasião especial para usar o ear cuff como acessório?
A resposta é não. O earcuff pode fazer parte do seu cotidiano e de qualquer momento da sua vida, seja dia ou noite. Basta ter cuidado para não exagerar nas combinações.
Peças menores e discretas, bem minimal chic, podem ser usadas no dia a dia de trabalho. As que ressaltam somente o metal também, mesmo que maiores, na versão maxi. Se achar necessário, o look pode ser incrementado com outras joias, como pulseiras coloridas.
Os modelos glamorosos em pedrarias são possibilidades para os eventos formais, que pedem um estilo mais social e clássico, como casamentos e formaturas. Só tenha certeza de que sua roupa encaixa bem com ele. O visual deve estar em sintonia.