Por que as pérolas são valiosas?

Por que as pérolas são valiosas?

Não é de hoje que as pérolas são tidas como símbolos de elegância e classe. Elas foram os primeiros materiais de gema a serem usados para adorno pessoal, e por muito tempo ficaram restritas a figuras da nobreza.

Neste artigo, você irá compreender melhor o que faz com que as pérolas sejam tão valiosas. Confira a seguir! 

O Processo De Formação Da Pérola

Há séculos que as pérolas são usadas para demonstrar prestígio e luxo, sendo itens essenciais no vestuário de rainhas europeias a marajás da Índia. A pérola mais cara já vendida até hoje foi o pingente que pertenceu à Maria Antonieta, leiloado em 2018 pelo incrível valor de 32 milhões de euros. Dá para imaginar?! 

O valor histórico intrínseco à essa joia em específico é uma das razões que justificam o seu preço milionário, já que muitos associam as joias de Maria Antonieta às causas da Revolução Francesa. Mas e quanto às demais pérolas? 

O principal fator determinante no valor das pérolas é sua forma de produção, ou seja, se são naturais ou formadas artificialmente. Isso faz toda a diferença pois pérolas naturais são extremamente raras e difíceis de obter. 

Por conta de sua concha, as ostras geralmente conseguem se proteger com facilidade e evitar que corpos estranhos invadam seu espaço interno. Quando isso acontece, no entanto, a reação natural do animal é isolar o invasor de alguma forma.

O molusco faz isso soltando camadas de nácar sobre ele, revestindo-o até formar um elemento rígido, batizado com o nome de pérola. O nácar é o mesmo material brilhante e rico em calcário encontrado no interior de sua concha.

Como esse mecanismo de defesa nem sempre é necessário, as pérolas são extremamente raras e, consequentemente, muito valiosas. Além disso, dos mais de 20 mil tipos diferentes de animais que possuem uma concha para proteger seu corpo, apenas uma pequena parte deles pode produzir, de fato, a pérola.

 

A explicação é simples: pérolas são valiosas porque são difíceis de obter. Sobretudo as naturais, e especificamente a variedade esférica, que é muito procurada para a confecção de joias.

Uma das principais soluções criadas para essa questão envolve o cultivo de pérolas por meio da intervenção humana. A diferença é a maneira como o agente irritante é introduzido na concha.

Enquanto uma pérola natural é formada quando o causador da irritação se apossa de uma ostra naturalmente, uma pérola cultivada é produzida quando o agente é plantado intencionalmente na ostra por um ser humano. Nesse último caso, o elemento inserido pode ser uma madrepérola, com o intuito de acelerar o processo de formação da pérola.  

Será possível diferenciar esses resultados entre si? Continue a leitura para descobrir. 

Diferenciando Uma Pérola Natural De Uma Pérola Cultivada

Essa identificação é algo complexo até mesmo para os especialistas na área, que podem encontrar dificuldades para distinguir as sutis diferenças entre uma pérola natural e uma pérola cultivada. Para obter uma resposta precisa, pode ser necessário o uso de alguns equipamentos específicos, como um aparelho de raio-x.

Máquinas de raio-x específicas podem contribuir muito com o processo de análise pois podem mostrar as diferenças essenciais que uma pérola cultivada tende a apresentar em relação a uma pedra natural.

As pérolas cultivadas possuem um grande centro (o que serve como um indicativo da intervenção humana) e uma camada mais fina de nácar ao seu redor. 

As pérolas cultivadas podem ser originárias de três tipos diferentes de ostras: a Pinctada fucata (que produz as famosas Pérolas Akoya, reconhecidas através do trabalho da empresa de luxo Mikimoto), a Pinctada maxima (produz as maiores e mais brilhantes pérolas do setor, conhecidas pelo nome de South Sea) e a Pinctada margaritifera (responsável por produzir a famosa e também muito valorizada Pérola Negra do Tahiti). 

Todos esses três tipos de ostras vivem em água salgada e geralmente são capazes de produzir apenas uma pérola de cada vez. O tamanho da gema está diretamente relacionado ao tamanho do molusco que a produz. 

A maioria das pérolas comercializadas ao redor do mundo atualmente são cultivadas. Ainda que essa técnica tenha surgido como uma grande solução para suprir a alta procura por pérolas, o cultivo é um processo complexo, e obter uma pérola pode levar até dois anos. Por isso, colar de pérolas e demais joias, são valiosos.  

As gemas podem apresentar diversas variações com relação ao formato e à coloração. Os aspectos que interferem quanto a isso estão relacionados ao tamanho do molusco, à coloração do interior de sua concha e às substâncias presentes na água.

Por essa razão, a cor varia de acordo com o ambiente onde as pérolas são cultivadas, oferecendo as mais diversas tonalidades.

O formato pode ser oval, circular, em formato de lágrima ou sem uma forma específica definida, como é o caso das chamadas pérolas barrocas.

As pérolas esféricas ainda são as mais exploradas pelo setor joalheiro, e se formam quando o parasita é totalmente recoberto, o que faz com que a secreção de nácar seja distribuída de maneira uniforme. 

Como é de se imaginar, quanto mais rara a pérola, mais valiosa ela tende a ser, e, portanto, mais cara também.

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